Da Chapada a Teresina num piscar de olhos
Continuamos viagem pela Chapada do Araripe. Fomos conhecer Santana do Cariri e seu mirante. Devagarzinho porque a estrada estava cheia de buracos, chegamos ao pé do mirante. Subimos a escada e contemplamos a inmensidão da Chapada. O museu paleontológico estava fechado e não pudimos visitá-lo.
Passamos por Potengi, onde estava acontecendo um festival. Pensamos que poderia ser um bom lugar para ficar e vender, mas a fiscal não deixou que Margarita ficasse perto do movimento. Então decidimos seguir viagem para Araripe.
No caminho, ficamos cheios de alegria quando a chuva começou a lavar a estrada. Um arco-iris se assomou por entre as nuvens e o cheiro ficou encantador.
Fizemos noite na praça central de Araripe e na terça-feira, após tomar o café da manhã, seguimos viagem para Campos Sales. Saimos do Ceará para chegar em Picos (PI). O calor nos deu uma bem-vinda abrumadora. Graças a nossa teimosia em procurar um bom lugar, achamos uma praça onde Margarita podia ficar à vontade e nós também: vários árvores que davam uma grande sombra.
Pela noite, fomos conhecer a casa de Sarah e Tiago, filhxs de nossa amiga Adevânia, onde pudimos tomar um banho e jantar.
Conhecemos o Grupo Cultural Adimó através de um encontro com o fundador, Mano Chagas.
Almoçamos com ele e depois fizemos uma rápida oficina de serigrafia artesanal. Uma troca de conhecimento fantástica. Mano nos acrescentou em ensinamentos e com uma simples frase “na aprendizagem da vida nunca devemos ser um copo cheio”.
Na Universidade Federal do Piaui tivemos uma boa recepção e vendas de nossos artesanatos. A primeira pessoa que parou para nos saudar com kombi e a contribuir, foi a querida Bel, que nos guiou pelo melhor espaço da ufpi e fez expandir nossas vendas e a propagação do nosso projeto.
Num piscar e olhos já estávamos em Teresina, calor que parecia não acabar mais.
Fomos recepcionados por Tia Nadja, mãe da nossa amiga Nayara. Cafézinho no meio da noite, conversa vai conversa vem e tia Nadja contava de seu pouco afeto pela cidade, da saudade da terrinha pernambucana e do calor generoso e humilde das pessoas.
No conjunto residencial Morada dos Orixás, tia nadja mora junto com Mádio e Franci, duas pessoas queridas que tivemos o prazer de conhecer nessa estadia.
Conseguimos produzir novas estampas e escrever sobre nossas experiencias pela chapada do Araripe. Teresina não foi um lugar que conseguimos vender nossos artesanatos e nem falar sobre nosso projeto com as pessoas, mas por esse motivo nos fez ir atrás do nosso sustento por outra via: O malabarismo. Gus, que há muito não praticava malabares no sinal, deu tudo de si. Durante 3 dias seguidos no sinal, fizemos uma boa quantia em dinheiro que nos salvou da falta de vendas.
Para que nossa despedida de Teresina fosse doce e leve, fomos ao Encontro dos Rios Parnaíba e Poty, e em seguida encontrar nossa querida Hellida Kelsh, mãe de nossa amiga Nati.
Esses contatos com pessoas amigas que vamos encontrando em outras cidades e estados, é muito importante porque gera um acolhimento a mais. E é sempre bom, quando se está longe, rever as pessoas queridas.
Hellida nos convidou a jantar no restaurante em que estava dando consultoria, e conversamos sobre nossas experiencias de viajem, e ela pode nos contar as dela na Espanha.
Cobertos da energia materna poderosa de Nadja e Hellida, atravessamos a ponte que liga o Piauí ao Maranhão, e já nos sentíamos pertinho do nosso desejado Pará.